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SINTOMAS - recetores

 

     A gravidade da intoxicação pelo VX depende da via de exposição e dose. No caso de uma intoxicação verificam-se os sinais e sintomas muscarínicos típicos: salivação, lacrimejo, micção e defecação involuntárias, alteração gastrointestinal e emése – síndrome “SLUDGE” – e ainda broncoconstrição, broncorreia e bradicardia – “killer B’s”- que requerem suporte médico imediato. Relativamente à bradicardia esta nem sempre está presente devido à hipoxia verificada na presença de broncoconstrição e broncorreia com consequente estimulação do sistema nervoso simpático. Há uma depressão do centro respiratório causada por via muscarínica e nicotínica que também contribui para as dificuldades respiratórias [1][2][3].   

     Incialmente os sinais e sintomas predominantes são os nicotínicos, sendo que o excesso de acetilcolina (ACh) provoca: midríase, taquicardia, fraqueza, hipertensão e fasciculações. No entanto, com o decorrer da intoxicação à prevalência dos sinais e sintomas muscarínicos que culminam no sintoma nicotínico mais grave: paralisia flácida com consequente paralisia dos músculos respiratórios e paragem respiratória [1][3].     

     Devido à vasta distribuição da acetilcolinesterase (AChE) no organismo, tanto nos recetores muscarínicos como nicotínicos, pode conduzir a sinais ou sintomas que aparentemente são contraditórios como se pode ver na tabela resumo abaixo [1]

Referências:

[1] Leikin, J. B., Thomas, R. G., Walter, F. G., Klein, R., & Meislin, H. W. (2002). A review of nerve agent exposure for the critical care physician. Crit Care Med, 30(10), 2346-2354. doi: 10.1097/01.ccm.0000029196.42315.83

[2] Wiener, S. W., & Hoffman, R. S. (2004). Nerve agents: a comprehensive review. J Intensive Care Med, 19(1), 22-37. doi: 10.1177/0885066603258659

[3] Thiermann, H., Worek, F., & Kehe, K. (2013). Limitations and challenges in treatment of acute chemical warfare agent poisoning. Chem Biol Interact, 206(3), 435-443. doi: 10.1016/j.cbi.2013.09.015

Fonte: Adaptado de [1].

Marta Maia | Matilde Monjardino | Paula Garcês

                                                         micf10170@ff.up.pt            micf10085@ff.up.pt               micf08376@ff.up.pt

     Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Toxicologia Mecanística no ano lectivo 2013/2014 do Curso de Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP), Portugal. Este trabalho tem a responsabilidade pedagógica e científica do Prof. Doutor Fernando Remião (remiao@ff.up.pt) do Laboratório de Toxicologia da FFUP (www.ff.up.pt/toxicologia/).

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