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     Composto organofosforado, pertencendo a um conjunto de compostos conhecidos por agentes nervosos da série V. Não tem sabor nem cheiro e tem cor âmbar. É muito pouco volátil, por este motivo, a dose necessária para causar toxicidade é menor comparativamente com outros agentes mais voláteis [1].

     Líquido oleoso à temperatura ambiente sendo o termo gás impróprio, tanto para este composto como para os vários agentes nervosos, que apresentam características semelhantes [2][3].  Apesar de não ser facilmente solúvel em água, o VX pode ser misturado na mesma [4].

   

    

CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS

     A sua lavagem ou degradação são difíceis: desta forma, o VX permanece na pele, roupa ou outras superfícies de contacto durante muito tempo. Esta característica relaciona-se com a noção de persistência: o tempo que a substância é capaz de permanecer no meio em que foi depositada. No caso do VX, a persistência é de 2 a 6 dias, ou seja, o composto permanece na superfície com que entra em contacto por este período médio de tempo [6]. A adição de agentes espessantes a estes compostos pode aumentar ainda mais a sua persistência, uma vez que torna mais difícil a sua remoção [1].

     Este composto, tal como os vários agentes nervosos, é de síntese relativamente fácil para um químico com bastantes conhecimentos na área. Os materiais e informações necessárias para a sua síntese são facilmente acessíveis através de, por exemplo, a Internet. Isto torna-os ainda mais perigosos: ainda que a sua síntese e utilização esteja proibida pela Convenção de Geneva [3], é possível que qualquer cidadão produza e utilize estes compostos para um possível ataque terrorista [1]

 

 

 

Referências:

[1] Leikin, J. B., Thomas, R. G., Walter, F. G., Klein, R., & Meislin, H. W. (2002). A review of nerve agent exposure for the critical care physician. Crit Care Med, 30(10), 2346-2354. doi: 10.1097/01.ccm.0000029196.42315.83

[2] Wikipedia: http://en.wikipedia.org/wiki/VX_(nerve_agent) (Consultado em 21/05/2014)

[3] Wiener, S. W., & Hoffman, R. S. (2004). Nerve agents: a comprehensive review. J Intensive Care Med, 19(1), 22-37. doi: 10.1177/0885066603258659

[4] Tang, S., & Chang, J. (2002). A review article on nerve agents. Hong Kong J. Emerg. med, 9, 83-89.

[5] Kannard, K. (2006). The acute treatment of nerve agent exposure. Journal of the Neurological Sciences 249 (2006) 86–94.

​[6] Centers for Disease Control and Prevention (CDC): http://emergency.cdc.gov/agent/vx/basics/facts.asp (Consultado em 21/05/2014)

Fonte: Adaptado da referência [5]

Fonte: [2].

Marta Maia | Matilde Monjardino | Paula Garcês

                                                         micf10170@ff.up.pt            micf10085@ff.up.pt               micf08376@ff.up.pt

     Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Toxicologia Mecanística no ano lectivo 2013/2014 do Curso de Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP), Portugal. Este trabalho tem a responsabilidade pedagógica e científica do Prof. Doutor Fernando Remião (remiao@ff.up.pt) do Laboratório de Toxicologia da FFUP (www.ff.up.pt/toxicologia/).

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