





O QUE É O VX?
O VX usualmente apresenta-se sob a forma de um líquido oleoso persistente, de cor âmbar e muito pouco volátil, inodoro e insípido. Foi sintetizado no Reino Unido, no início de 1950. Dentro das armas químicas, o VX é o agente nervoso mais tóxico [1].
COMO POSSO SER EXPOSTO A ESTE COMPOSTO?
Atualmente o VX apenas é usado como arma química, por isso o risco de exposição é muito reduzido. Quando usado para estes fins, há diversas vias de exposição ao VX, entre as quais:
-
Caso tenha sido libertado no ar, pode haver exposição através da pele, olhos ou ainda inalação.
-
Apesar de o VX ser insolúvel em água, este pode ser libertado na mesma, podendo haver exposição por ingestão ou contacto com água contaminada.
-
Contaminação secundária: Após contacto com o vapor de VX este pode permanecer até 30 minutos nas roupas da vítima e contaminar outros indivíduos em contacto com a mesma.
-
No caso de contaminação de superfícies (ex: asfalto) este composto fica retido e pode ser libertado em baixas concentrações durante anos.
A facilidade de acesso à informação pode contribuir para o aumento da síntese de VX com intenções terroristas. A via mais provável de exposição é a guerra química [2].
COMO É QUE O VX PODE AFETAR A MINHA SAÚDE?
Este composto é extremamente tóxico mesmo em baixas doses e os efeitos nefastos surgem pouco tempo após exposição especialmente no caso de inalação ou ingestão. A gravidade da intoxicação depende na dose e da via de exposição sendo que no caso da via dérmica os sintomas podem surgir até 18 horas após contacto com o VX.
O VX é responsável por inibir a atividade da acetilcolinesterase levando a uma acumulação de acetilcolina que estimula continuamente os recetores. No caso de uma intoxicação verificam-se os sinais e sintomas muscarínicos típicos: salivação, lacrimejo, micção e defecação involuntárias, alteração gastrointestinal e emése e ainda broncoconstrição, broncorreia e bradicardia que usualmente requerem suporte médico imediato.
Inicialmente os sinais e sintomas predominantes são os nicotínicos, sendo que o excesso de acetilcolina provoca: midríase, taquicardia, fraqueza, hipertensão e fasciculações. No entanto, com o decorrer da intoxicação à prevalência dos sinais e sintomas muscarínicos que culminam no sintoma nicotínico mais grave: paralisia flácida com consequente paralisia dos músculos respiratórios e paragem respiratória [1][3][4].
COMO É QUE O VX PODE AFETAR AS CRIANÇAS?
Crianças expostas ao VX estão susceptíveis aos mesmos efeitos tóxicos que os adultos [1].
EXISTE ALGUM EXAME MÉDICO QUE FAÇA O DIAGNÓSTICO DE EXPOSIÇÃO AO VX?
Sim, existem testes médicos para detetar uma exposição ao VX, apesar de não serem focados diretamente no composto. Enquanto uns testes se focam na deteção dos produtos de degradação na urina, outros baseiam-se na deteção dos seus efeitos no organismo. Sendo que este composto é capaz de inibir a atividade da enzima acetilcolinesterase, a medição da atividade da enzima sanguínea pode levar à suspeita deste composto. Os níveis de acetilcolinesterase podem ficar abaixo dos níveis normais durante vários meses após a exposição [2].
QUAL É O TRATAMENTO SE FOR EXPOSTO?
Pessoas que tenham sido expostos ao VX devem ser descontaminadas, a sua roupa removida para evitar contaminações secundárias e serem levadas de imediato para o hospital.
Estão disponíveis antídotos para estes agentes nervosos, na maioria das vezes de atropina e pralidoxima. O tratamento é mais eficaz quando mais rapidamente este for iniciado após a exposição [2].
COMUNICAÇÃO DE RISCO

Referências:
[1] Agency for Toxic Substances and Disease Registry (ATSDR)- CDC: http://www.atsdr.cdc.gov/toxfaqs/tf.asp?id=524&tid=93 (Consultado a 31/05/2014)
[2] Alabama Department of Public Health (ADPH): http://www.adph.org/riskcommunication/index.asp?id=661 (Consultado a 31/05/2014)
[3] Leikin, J. B., Thomas, R. G., Walter, F. G., Klein, R., & Meislin, H. W. (2002). A review of nerve agent exposure for the critical care physician. Crit Care Med, 30(10), 2346-2354. doi: 10.1097/01.ccm.0000029196.42315.83
[4] Thiermann, H., Worek, F., & Kehe, K. (2013). Limitations and challenges in treatment of acute chemical warfare agent poisoning. Chem Biol Interact, 206(3), 435-443. doi: 10.1016/j.cbi.2013.09.015





