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Fonte: Adaptado de [1]. 

Referências:

[1] Leikin, J. B., Thomas, R. G., Walter, F. G., Klein, R., & Meislin, H. W. (2002). A review of nerve agent exposure for the critical care physician. Crit Care Med, 30(10), 2346-2354. doi: 10.1097/01.ccm.0000029196.42315.83

[2] Centers for Disease Control and Prevention- CDC: http://www.cdc.gov/NIOSH/ershdb/EmergencyResponseCard_29750005.html (Consultado em 30/05/2014)

[3] Tang, S., & Chang, J. (2002). A review article on nerve agents. Hong Kong J. Emerg. med, 9, 83-89.

INALAÇÃO

          SISTEMA OCULAR:

     No caso de exposição a vapor verifica-se presença de: miose (sintoma característico com duração variável entre dias e semanas), hiperemia conjuntival, dor (espasmos ciliares), sensação de pressão, visão turva, náuseas e vómitos associados à dor [1][2].

     No caso de exposição a líquido: A absorção dérmica ou gastrointestinal usualmente não causa miose a não ser que a dose seja letal ou a exposição tenha acontecido num local próximo do olho. Assim, o facto de o paciente apresentar ou não miose não é correlacionável com a gravidade [1][3].

 

            SISTEMA RESPIRATÓRIO:

     No caso de exposição a vapor há presença de rinorreia (sintoma característico). Evidentemente que conforme a dose podem-se verificar apenas efeitos locais ou, caso a dose tenha sido elevada, presença de efeitos sistémicos. Os efeitos locais característicos são o aumento das secreções e a broncoconstrição enquanto os efeitos sistémicos verificados, normalmente mais graves, incluem paralisia dos músculos respiratórios e apneia associada. As exposições mais graves podem resultar em constrição do músculo liso bronquiolar, respiração ofegante, broncorreia e insuficiência respiratória embora esta última seja causada em parte pela paralisia flácida [1].      

 

         SISTEMA CARDIOVASCULAR:

     O aumento de acetilcolina provocado pelo VX potencia o tónus vagal com consequente bradicardia. No entanto, há situações em que se verifica um aumento da frequência cardíaca devido à acumulação de acetilcolina (ACh) nos gânglios simpáticos e medula adrenal [1].

 

         SISTEMA NERVOSO:

     Quando na presença de uma exposição tópica a vítima experiencia um aumento da sudorese e ainda fasciculações. Caso a dose seja elevada os efeitos neuromusculares mais comuns incluem fraqueza e a potencialmente perigosa paralisia flácida. Os sintomas nervosos principais resultantes de exposições a doses elevadas são: convulsões, coma e apneia. Usualmente estes sintomas demoram 1-30 minutos a surgir sendo que este período é dependente da via de administração e da dose.  Quando ocorre exposição a doses baixas os sintomas descritos são inespecificos e incluem: amnésia, insónia, irritabilidade, depressão, dificuldade de raciocínio, pesadelos e dificuldade de concentração [1].

 

         SISTEMA GASTROINTESTINAL:

     O excesso de ACh causa aumento das secreções e da motilidade e consequentemente as vitimas experienciam: nauseas, vómitos, cólicas abdominais, diarreia e incontinência fecal. As naúseas e vómitos são dos primeiros sintomas presenciados após exposição tópica enquanto a diarreia raramente é descrita qualquer que seja a via de exposição [1][3].

 

         FÍGADO:

     Um aumento da adrenalina e noradrenalina, causado por estimulação simpática na medula adrenal, leva, por sua vez, ao aumento da glicogenólise e gliconeogenese com consequente hiperglicemia [1].   

EXPOSIÇÃO DÉRMICA

LEGENDA:

Dose baixa com efeitos leves

Dose média com efeitos moderados

Dose elevada com efeitos severos

SINTOMAS - mapa interativo

Sintomas generalizados:

Sintomas generalizados:

Fasciculações

Fraqueza generalizada

Perda de consciência

Convulsões

Paralisia flácida

Morte (minutos)

Fasciculações generalizadas

Fraqueza

Ausência de sinais/sintomas respiratórios

Perda de consciência

Convulsões

Paralisia flácida

Morte

Sudorese localizada no local de exposição

Fasciculações leves no local de exposição

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Marta Maia | Matilde Monjardino | Paula Garcês

                                                         micf10170@ff.up.pt            micf10085@ff.up.pt               micf08376@ff.up.pt

     Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Toxicologia Mecanística no ano lectivo 2013/2014 do Curso de Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP), Portugal. Este trabalho tem a responsabilidade pedagógica e científica do Prof. Doutor Fernando Remião (remiao@ff.up.pt) do Laboratório de Toxicologia da FFUP (www.ff.up.pt/toxicologia/).

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